quarta-feira, 23 de outubro de 2024 l6z1t

Mercado antigo "esconde" obra de artista cerrocoraense: "O paraíso da jiboia" 2h4x4q

Talhas incrustadas na parece de extinto clube municipal

Os salões do antigo mercado público na rua Sérvulo Pereira, transformado em clube municipal nos anos 80 depois que a sede do extinto Grêmio Presidente Kennedy (GPK) ou a abrigar a Câmara Municipal, preservam uma obra em talha do artista, músico, filósofo e professor universitário cerrocoraense Prem Hasido, nome adotado por Lourival Bezerra da Costa Júnior.   

"O título original deste trabalho é "O paraíso da jiboia", feita em argamassa e cimento, com acabamento de envelhecimento à base de "betume da Judeia" e folha de ouro", conta Prem Hasido, que acrescenta: "É a estória da jiboia que habita o açude Eloy de Souza, uma estória do folclore original da cidade".

Hasido descreve a obra como "as moiras da cidade, as contadoras de estórias de assombração, narradores de contas que fundaram a educação e os costumes de nossas gerações adas".

Segundo Hasido, outra característica da talha incrustada na parede do prédio, que hoje abriga uma repartição municipal, "é a predominância da vegetação de Java e caju vegetação que faz parte de nossa memória social, sem o quê não seriamos da serra".

Violão retrata influência da música e da boêmia cerrocoraense, explicou Hasido

O artista explica que "o violão no centro retrata a influência da música e da boêmia, sem o quê, não teríamos os talentos musicais da cidade. fomos todos regados à música e boemia, as figuras de talha olham para o sol central, isso está representado, ao mesmo tempo, o quando somos vizinhos do deserto do Oriente Médio e guiados pela religiosidade cristã que nos foi imposta".

A obra foi trabalhada na segunda metade dos anos 80, com apoio do então prefeito João Batista de Melo Filho, que estava no exercício do terceiro mandato. "Terei prazer em restaurá-la, coisa que nunca teve, volta a sua aparência original", avisa Hasido, que continuou: "Lembramos muito bem de como era as divertidas as estórias que nos contavam, sempre para nos impor o limite necessário".

Finalmente, Prem Hasido disse que "o  é um resgate de nossa ancestralidade, portanto, um bem público", trabalho assinado como LBCjr, como assinava as obras na época: "Nesse período eu produzia pinturas de óleo sobre tela, talhas em madeiras e argamassa".

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